Quanto a mim...
O amor passou.
Peço que não faça como a gente vulgar,
Que não me volte a cara quando passe por si,
Nem tenha de mim uma recordação
Em que entre o rancor.
Fiquemos, um perante o outro,
Como dois conhecidos desde a infância,
Que se amaram um pouco quando meninos,
E, embora na vida adulta
Sigam outras afeições, conservam sempre,
Num escaninho da alma,
A memória profunda do seu amor antigo e inútil
O amor passou.
Peço que não faça como a gente vulgar,
Que não me volte a cara quando passe por si,
Nem tenha de mim uma recordação
Em que entre o rancor.
Fiquemos, um perante o outro,
Como dois conhecidos desde a infância,
Que se amaram um pouco quando meninos,
E, embora na vida adulta
Sigam outras afeições, conservam sempre,
Num escaninho da alma,
A memória profunda do seu amor antigo e inútil
Texto "Cartas de Amor" de Álvaro de Campos
Um comentário:
Lindo esse poema. Eu vim até aqui conhecer seu bloig e já te sigo, vai conhecer o meu www.odeliriodabruxa.blogspot.com
Um abraço
Denise
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